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É cada coisa...



"Vamos falar de solidão
Na sua casa nunca mais entrei
Mas decorei com exatidão
Todas as coisas como eu deixei
Vasos jogados pelo chão
Lembranças do que não presenciei
Mas decorei com exatidão
Como o passado que eu mesmo criei
E tudo que eu posso oferecer
São minhas palavaras pra você
No plágio de uma bela melodia
E tudo que eu quero te dizer
Eu já cansei de escrever
Quero te ver enquanto não é dia
Mas diz porque tu vais embora
Mas diz porque tens tanto medo
Se não acorda cedo
Nem trabalha estuda ou namora
Mas diz porque chegou a hora
Agora que eu venci meu medo
Te peguei pelos dedos
Pra dançar enquanto o sol demora
Para chegar trazendo aurora
E a luz que cega e me dá medo
E como um torpedo
Eu deslizo e vôo num mar de lençois
E cada dobra conta histórias
De muitas delas sinto medo
São muitos enredos
Enrolados e embriagados como nós
Tão a sós, como nós
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você
E eu não quero lembrar do que eu fui pra você
Uma simples distração pra você esquecer
Eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim
Eu não quero lembrar que eu vou acordar
Sabendo que meus olhos não vão te encontrar
Eu não quero lembrar que tudo acabou pra mim
Vou te esquecer, vou te esquecer
Vou te esquecer, vou te esquecer
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida..."

(Milonga - Fresno)

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